domingo, novembro 13, 2005

Poitiers, demain?


Umas breves palavras sobre os motins que envolvendo jovens da segunda geração de imigrantes afro-islâmicos, marcam a actualidade europeia, sobretudo em França.

Antes de mais, um pequeno aparte: é curioso que os incidentes em apreço ocorram exactamente nos três países - França, Alemanha e Bélgica - que mais se opuseram à intervenção bélica norte-americana no Iraque, mas isso não passará de uma mera coincidência…

Independentemente das especulações que possam ser feitas, os principais culpados destes motins nem sequer são os jovens habitantes das "cités" que enxameiam à volta de Paris. Ao invés, há que responsabilizar primeiramente os políticos das esquerdas jacobina e marxista que sempre encararam com propositada incúria a realidade da imigração, uns, como um modo rápido de minar a integridade étnica e cultural europeia, e de destruir a identidade religiosa cristã do velho continente, com vista à realização da velha quimera da república universal; outros, como forma de garantir novas clientelas políticas face à erosão do seu eleitorado tradicional; e ambos por terem incutido àqueles jovens (e, em parte, aos seus pais) a ideia de que tudo lhes é permitido, podendo gozar de todas as vantagens e benefícios materiais das sociedades hospedeiras, sem terem de sofrer os esforços e sacrifícios que lhes são inerentes. Ora, os tempos que correm não estão propícios para que se encare a vida desta maneira simplista…

E se este panorama, por si só já não é brilhante, ele obscurece ainda mais perante a postura criminosa com que a extrema-esquerda radical tem utilizado os mesmos jovens, servindo-se deles como peões na execução da sua estratégia de desprezo niilista pela civilização ocidental, incutindo-lhes em permanência, mediante o uso dos meios de comunicação social (na verdade, de propaganda) onde pontifica com a cumplicidade inadmissível do grande capital plutocrático, um sentimento de ódio contra o povo hospedeiro (no caso, o francês), através do sistemático denegrir do passado histórico deste, sobretudo colonial, do qual os ditos jovens seriam supostamente vitimas, com o fito de lhes provocar reacções incontroladas de vingança e de desforra.

Os resultados estão à vista de todos: o genial "Le Camp des Saints", de Jean Raspail, cuja profecia nele contida poucos imaginariam concretizável na altura em que foi escrito, no ano 1973, tornou-se afinal na descrição do quotidiano da França actual.

Poitiers, demain?... Mas onde está Charles Martel?... Ou São Luís IX?...

JSarto

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