sábado, agosto 05, 2006

O caso Mel Gibson


Diz São João que quem afirma não ter pecados é um mentiroso: como é evidente, esta regra não excepciona os católicos tradicionais. Aliás, porque estes se reconhecem pecadores é que são católicos e defensores da tradição, porque sabedores da sua natureza humana decaída em resultado do pecado original, e porque necessitados da graça santificadora dos sacramentos da Igreja para serem um pouco menos imperfeitos no seu quotidiano.

Ora, à luz do que acima expus é que me parece que há-de ser encarado o recente caso envolvendo Mel Gibson, interceptado pela polícia californiana a conduzir em excesso de velocidade numa auto-estrada - 140 Km/h - e com uma taxa de álcool correspondente ao dobro da legalmente admitida, o que não deixa de ser censurável, mesmo que na Califórnia o limite de velocidade nas auto-estradas varie entre 90 Km/h e 110 km/h, e a taxa de álcool tenha o apertadíssimo limite de 0,08 g/l, o que outrossim serve para reduzir às suas devidas proporções o sucedido, e descobrir a mesquinhez daqueles que empolaram e criticaram impiedosamente Gibson pelo seu comportamento, afinal uma mal disfarçada forma de o atingir e punir indirectamente pelas suas convicções religiosas mais profundas de católico tradicional.

Efectivamente, os fariseus anticristãos que pensam mandar no mundo, arrogantes e soberbos como são, supondo-se intocáveis e acima de qualquer observação, reparo, crítica ou censura, não esquecem, nem perdoam a Mel Gibson a imensa humilhação que o mesmo lhes infligiu no ano de 2004, com o esmagador sucesso que o filme por ele realizado "A Paixão de Cristo" obteve no mundo inteiro, filme esse que representa precisamente o que tais fariseus mais odeiam - a verdade de Cristo! E daí o linchamento mediático de Mel Gibson!

Sobre este assunto, sugiro ainda a leitura das interessantes reflexões no "Athanasius Contra Mundum".

JSarto

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