segunda-feira, dezembro 31, 2007

Meditações de Fátima


Uma vez mais, um excelente artigo escrito pelo Manuel Azinhal, sempre fiel à verdadeira tradição.

Olhando a nova e a antiga igreja de Fátima ressalta a diferença dos perfis. Uma eleva-se para o céu, a outra agarra-se ao chão. Dei por mim a pensar como isto pode expressar a diferença entre a religião dos homens que construíram as catedrais e a religiosidade destes que dirigem estas construções modernas. Uns tudo faziam a pensar no céu, estes não têm lugar no seu espírito para nada que ultrapasse o plano das coisas da terra. Conta-se daqueles operários que se esmeravam nos cimos das grandes catedrais góticas a esculpir rendilhados de pedra, que ninguém poderia jamais observar da terra, que ao ser-lhes perguntada a razão respondiam muito simplesmente que lhes bastava que o seu trabalho pudesse ser visto do céu.

É perturbante a diferença da atitude religiosa que domina o Ocidente cristão dos tempos actuais e aquela que fez a cristandade gloriosa. Dantes os homens pensavam em Deus para se moldarem à vontade d'Ele; agora os que ainda se dirigem a Deus é frequentemente para lhe exigir que Ele faça a vontade deles; e zangam-se quando o Criador não lhes faz o jeito. Querem pouco mais do que um Deus prestador de serviços.
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